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domingo, 15 de maio de 2011

hipermídia da educação

                    HIPERMÍDIA DA EDUCAÇÃO
 Vivemos hoje sob a influência de um processo de globalização no qual as novas tecnologias se destacam, causando profundas alterações na sociedade em que vivemos. À medida que marcam sua presença na sociedade, estas tecnologias afetam valores, identidades, formas de trabalho, formas de pensar e de sentir (Piscitelli, 1997). Idéia esta compartilhada por Moran (1998) que destaca a presença de mudanças também em vários conceitos como os de espaço, de tempo, do que é real e virtual, do que é tradicional e inovador.
              A enorme velocidade com que se desenvolve a tecnologia torna difícil determinar seus rumos, sua qualidade e suas aplicações educativas. Por outro lado, a educação se move tão lentamente que a distância entre a tecnologia e o processo educativo se torna cada vez mais ampla. Concordamos com Sancho (1999) em relação a atitude a ser adotada diante desta realidade, ou seja, a necessidade de nos apropriarmos dos processos desenvolvendo habilidades que permitam o acesso e o controle das tecnologias e de seus efeitos. Daí a importância de se formar professores sintonizados com a sociedade tecnológica (Leite & Silva, 2000). São da mesma opinião Batroo e Denham (1997), que defendem a necessidade de se formar um número cada vez maior de docentes e profissionais, pois serão eles que estarão aptos a escolher corretamente seus próprios instrumentos digitais para o ensino e a aprendizagem comercial.
                No que diz respeito à educação, Piscitelli (1997) ressalta que uma mudança importante introduzida pela presença das redes de computadores, quanto à produção de conhecimento, é que ele não mais se constrói apenas indutiva ou dedutivamente, mas de forma interativa. Destacando o potencial das redes eletrônicas para a educação, Moran (2000) apresenta seus possíveis usos pedagógicos: (a) na divulgação do conhecimento; (b) na pesquisa; (c) no apoio ao ensino; e (d) na comunicação interpessoal. Não é surpresa para os professores que já utilizaram tecnologia em sala de aula que este processo é longo e árduo (Silva, 1997, 1999).
           Introduzir computadores, ferramentas de telecomunicações ou qualquer outro recurso tecnológico nas experiências de aprendizagem dos alunos não resulta automaticamente na melhoria da aprendizagem. Para que haja uma maior integração dessas tecnologias no processo educativo é necessário que os professores: (a) sintam-se confortáveis ao utilizar a tecnologia; (b) explorem recursos de ensino como software educativo, CD-ROM, Internet para identificar aqueles que possam enriquecer o seu curso; (c) repensem o seu curso para determinar a melhor maneira de integrar essa tecnologia nos seus planos de aula; (d) revejam os planos de aula para incorporar a tecnologia; (e) testem os planos na sala de aula; (f) avaliem como eles funcionam; e (g) refinem suas aulas (McGrath,1998). A realidade da sociedade atual gera necessidade de mudanças. Especialmente na educação devido ao seu importante papel na formação do novo cidadão exigido por esta sociedade, torna-se cada vez mais necessário o devido preparo dos educadores para lidar com as redes de computadores. Ressaltamos que a necessidade de formação de professores via rede se coloca como mais um caminho possível na tentativa de ajustar esta formação ao momento atual, não invalidando práticas pedagógicas mais tradicionais. Na próxima seção, são discutidas algumas estratégias de formação.

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